Fidelidade

sexta-feira, 4 de setembro de 2009
A FIDELIDADE E A BÊNÇÃO

Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou, inclinado sobre a extremidade do seu bordão. (Hb 11.21).

É preciso ser fiel para abençoar. É preciso ser fiel para ser abençoado. Todos nós queremos receber bênçãos.

Bênção é uma autorização espiritual para que uma pessoa prospere em áreas específicas ou gerais. O Reino de Jesus Cristo funciona de maneira organizada; assim, para que o sobrenatural de Deus venha para uma pessoa há algumas autorizações que precisam acontecer, senão a bênção não é liberada, ficando retida.

I – É preciso ter a bênção do novo nascimento em Cristo Jesus. Foi o próprio Jesus quem disse: Se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus (Jo 3.3). Sem ser participante do Reino de Deus a pessoa não participa da bênção do Reino de Deus, ou seja, não tem autorização para receber os benefícios eternos em seu espírito, ficando entregue à própria sorte.

II – É preciso ter a bênção dos pais. Jacó abençoou seus filhos e cada pai e mãe deve abrir a sua boca para abençoar e não para amaldiçoar seus filhos. E se alguém não tiver pai ou mãe, ou se um deles não tiver o novo nascimento ou mesmo a vontade de abençoar? Para estas situações é que Deus tem usado cada líder na Igreja de maneira especial: somos pais e mães de uma grande multidão. Por isso o Apóstolo Paulo diz: Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós. (Gl 4.19).

III – É preciso ter a bênção dos Líderes espirituais. O próprio Abraão, o pai da fé, precisou ser abençoado por um sacerdote, Melquisedeque (Gn 14:18-19).
Jesus é nosso Sumo Sacerdote, mas Ele constituiu pessoas para O representarem no Reino físico. A Bíblia é clara quando nos ensina a honrar e respeitar as autoridades espirituais que Deus colocou sobre nós: Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. (Hb 13.17). Sem esta obediência a bênção é retida.

A bênção de um líder muda uma história. Isaque abençoou seus filhos, Jacó e Esaú, e disse ao mais novo, Jacó, mesmo por engano: Deus te dê do orvalho do céu e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos e os filhos de tua mãe encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar. (Gn 27.28,29). Pela ordem natural das coisas Esaú seria o que governaria sobre seu irmão, mas o descaso de Esaú com as coisas de Deus o levou a perder a bênção, que Jacó lutou para conseguir.

É claro que a bênção pura e simples não respalda os erros do abençoado pois ele terá que zelar pela profecia para que ela se cumpra. Assim, Jacó sofreu pelas legalidades que deu ao inimigo, no reino espiritual, apesar de repousar sobre ele a bênção do seu líder e pai.

Por ter sido abençoado por Isaque, Jacó, agora Israel, compreendia o valor da bênção que muda a história, pois a sua própria história havia mudado. Sua personalidade passou de enganador para Príncipe de Deus que luta a luta do Espírito.

Israel também abençoou seus filhos. Ele abençoou Rubem, o primogênito, mas declarou que o seu “descomedimento” o impedia de reter a “preeminência” ou seja, por falta de domínio próprio, Rubem perdeu a maior bênção, a bênção da primogenitura (Gn 49.3-4). Rubem nasceu primeiro, era o mais velho assim como Esaú, mas a omissão de ambos os levou a perder a maior bênção.

A bênção de Israel sobre Judá também mudou a sua história. Judá não era o mais velho, mas foi o irmão que teve a coragem de salvar José da morte (Gn 37.26). Rubem tentou uma estratégia covarde e não assumiu a liderança que possuía para salvar José (Gn 37.22). Talvez esse motivo tenha sido determinante para que o nome de Judá, que aparece em quarto lugar na ordem de Gênesis, em Apocalipse apareça em primeiro lugar, como aquele de quem o governo não se afastaria e que daria o nome a Jesus, o Leão da tribo de Judá (Ap 5.5; 7.4-8).

Quando Esaú buscou a bênção, seu líder e pai já havia entregue a Jacó. Esaú chorou, mas não encontrou o verdadeiro arrependimento (Hb 12:17). Mas graças a Deus que Jesus, sendo Unigênito do Pai, se tornou o mais velho dos irmãos para que todos nós possamos vir a ser primogênitos com direito a uma herança maior sem precisar concorrer com nossos irmãos (Hb 12.22-24).

Só a fidelidade ao projeto e estratégia de Jesus poderá nos levar ao nível de herdeiros primogênitos pela bênção da nova aliança.


A FIDELIDADE E O SACRIFÍCIO
Leia Hebreus 11:17

Não existe fé sem uma visão de esperança sobrenatural. Se você não tem nada a conquistar, se você não deseja nada, então você não precisa de fé. Mas se você tem recebido, ou quer receber, um sonho, uma visão, da parte de Deus para conquistar um nível superior de qualidade de vida, ainda nesta vida e na vida eterna, você precisa de fé. Mesmo que você queira menos de Deus do que Ele quer lhe dar, mesmo se for só viver com Ele na vida eterna, você precisa de fé e coragem para investir nesta direção. A Bíblia diz que o verdadeiro herói da fé, aquela pessoa que conquista, deseja uma “pátria melhor”, ou seja, algo que vem da parte de Deus. O herói da fé sabe que Deus já lhe preparou este nível de conquista (Hb 11.16).

Deus conhece os nossos limites e não permite que venha sobre nós um sacrifício maior do que podemos suportar (ICO 10.13), mas ele sempre produz em nós a oportunidade de sermos vitoriosos. No Reino Espiritual há um princípio: sem sacrifício não há sucesso, êxito, conquista, vitória ou resgate. Antigamente este sacrifício era literalmente um animal que morria em resgate de algum valor espiritual. Hoje, podemos nos apresentar no Reino Espiritual e dizer: “Eu posso conquistar pois Jesus, o meu Resgatador, já fez o sacrifício para eu alcançar esta conquista”.

Há, entretanto, alguns níveis de conquistas que precisam se expressar no reino físico, sem as quais não viveremos a plenitude da realização dos sonhos de Deus para nós:

a) É preciso saber com o que sonhamos.
Ter desejos intensos, ou sonhos, difusos, confusos ou subjetivos trazem uma dispersão de alma que enfraquece a ação do Espírito de Deus em nós. Para Abraão, Deus materializou a promessa levando-o a olhar as estrelas do céu e a areia da praia (Hb 11.12; Gn 22.17).

b) É preciso investir na visão de Deus tudo que somos ou temos.
Quando recebe uma visão, ou sonho de Deus, você se dispõe a investir tudo o que você tem, e mais, tudo que você é. Para entendermos isso, Deus dá a Abraão, uma ancião de 75 anos de idade, uma promessa que se cumpre com o nascimento de Isaque, mas para fortalecer a visão e provar o coração e Abraão, Deus pede para Abraão sacrificar o instrumento da sua esperança e realização. Algumas pessoas hoje dizem: Eu estou disposto a sacrificar o meu Isaque. Mas Isaque para estas pessoas é uma oferta maior ou algo muito importante. Isaque não é isso, Isaque representa o TUDO da vida de alguém. Sacrificar Isaque é se dar, todo.

Para Abraão, Isaque era a única chance de que as promessas de Deus se cumprissem em sua vida. Sem Isaque jamais Abraão seria pai de uma grande nação. Ele tinha motivos suficientes para não querer entregar Isaque. Isaque era seu e era a porta para a multiplicação e a prosperidade de Abraão.

Quem exita em entregar seu dízimo, suas ofertas de desafio, seus discípulos, seu tempo, mas diz que entrega sua vida, não vive a verdade. Quem entregou a vida a Deus faz como o próprio Deus. Se Ele nos entregou a vida, então dará tudo, pois a vida é maior que tudo que temos (Leia Rm 8:32).

c) É preciso confiar sempre, sem desistir.
Algumas pessoas crêem, confiam, declaram, vencem certas lutas, mas acabam desistindo. Quem desiste, mata os seus próprios sonhos.Quem desiste declara a sua incredulidade em relação ao que Deus diz e pode fazer.

Abraão não mediu sacrifício por confiar e não desistir “julgando que Deus era poderoso para até dos mortos” ressuscitar seus sonhos e promessas, materializados na figura de Isaque (Hb 11.17-19).

Quando o sonho é de Deus, qualquer que seja a dúvida ou situação não haverá desistência. (Leia Hb 10:38).

d) É preciso ser fiel.
Sem fidelidade o sacrifício é vão e sem sacrifício não existe fidelidade. Quando somos fiéis à visão de Deus, andamos na verdade e somos ganhadores de vidas para o Senhor Jesus. Por isso a prosperidade virá sobre nós e o Senhor nos respaldará e elevará os níveis de conquista em nossa vida (Leia Lc 19.17).


A FIDELIDADE DOS SONHOS DE DEUS

Pela fé José, estando próximo o seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos... (Hebreus 11.22)

José, filho de Israel, também conhecido como José do Egito, é um exemplo para todos nós do caráter de quem conhece a Deus.

José sabia falar a linguagem dos sonhos. Por isso, Deus se revelou a ele e lhe confidenciou o seu futuro. Um futuro de prosperidade no qual até os seus pais e seus irmãos se inclinariam diante dele. Por ser um filho justo e íntegro diante do seu pai, José foi perseguido pela inveja dos seus irmãos. Teve por isso sua túnica de várias cores, símbolo de autoridade, roubada e manchada de sangue para que seu pai pensasse que ele havia morrido. Apesar disto, José possibilitou que a história de Israel fosse uma história de glória e libertação. A história de José nos ensina sobre a fidelidade dos sonhos de Deus, que quando são implantados em nosso coração superam os reveses e transformam a nossa história.

I.Deus nos fala através de sonhos
Há sonhos da alma e sonhos do Espírito. Os sonhos da alma se dividem em psicológicos e os da ansiedade humana natural. Os sonhos psicológicos são os afetivos e aqueles que são da necessidade de extravasar que a nossa alma tem. Por exemplo: se alguém viveu um trauma ou está com saudades de alguém, provavelmente sua mente gerará imagens confusas relacionadas a essa afetividade contida. Os sonhos da ansiedade humana natural são aqueles gerados por desejos, vaidades, ambições ou mesmo virtudes humanas nobres. Por exemplo: ter uma boa família, uma nação próspera, segurança, etc.

Os sonhos do nosso espírito podem ser gerados pelo Espírito de Deus – por outro lado há sonhos que são gerados por opressão maligna. Os sonhos que vêm do Espírito podem vir para avisar, profetizar ou inspirar uma ação ou aproximação maior de Deus. José, também, chamado de sonhador pelos seus irmãos, teve experiências tremendas em matéria de sonhos (a história de José encontra-se no livro de Gênesis, capítulos 37 a 50).

II.Devemos compartilhar os sonhos de Deus com quem entende essa linguagem
Os irmãos de José, e até seu próprio pai o criticaram quando ele sonhou que um dia sua família se inclinaria diante dele. Anos mais tarde isso aconteceu literalmente pois ele se tornou governador de todo o Egito e livrou sua família da fome e da morte. Antes disto, porém, seus irmãos tiveram inveja e por pouco não o mataram.

Existem pessoas que se dizem nossas irmãs e que são verdadeiras assassinas dos sonhos que Deus coloca em nossos corações. Precisamos estar atentos e velar pela profecia que o Senhor nos ministrou: os sonhos de Deus jamais morrerão em nós, pois não deixaremos que o Espírito de Deus seja extingo em nosso ser: “Não extingais o Espírito” (I Ts 5.19). Só compartilhe os seus sonhos com quem está em aliança ou sob orientação do Espírito Santo.

III.Não podemos dar lugar à vaidade em nossos sonhos
O entusiasmo do sonhador pode soar como arrogância aos ouvidos de quem não está atento a esta linguagem. Quando dizemos que estamos salvos, por exemplo, alguns religiosos nos acham orgulhosos pois para eles a salvação vem por merecimento pessoal e isso significa que estaríamos nos gloriando com esse mérito que seria nosso. Eles não compreendem que “pela graça” somos salvos (Ef 2.8,9). É essa mesma graça que nos aproxima dos sonhos de Deus. É como diz o apóstolo Paulo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nossa parte” (II Co 4.7).

Os sonhos são de Deus, mas nunca poderemos esquecer que os vasos de barro somos nós. Deus engrandecerá o nosso nome na realização dos Seus sonhos, como disse a Abraão, mas será o Nome do Senhor Jesus que será glorificado (Gn 12.2; Gl 3.29).

IV.Os sonhos de Deus exigem níveis sobrenaturais de cura
José sonhou e os seus sonhos se realizaram. Chegaram a prosperidade e o governo para ele. Agora os seus irmãos, que não acreditaram, os que invejaram e até almejaram mata-lo, agora dependiam dele para sobreviver. O que fazer?

José teve que ter um novo nível de encontro. Um encontro de renovação de aliança. Um encontro de rasgar o coração, de gritar e chorar a ponto de ser ouvido por muitos (Gn 43.30; 45.2). Agora sim, ele estava pronto para governar em paz. Deus curou sua alma e fortaleceu o seu sonho.

V.Os sonhos de Deus para nós são para esta vida e para a eternidade
Há pessoas que só se preocupam com o que vão comer no dia seguinte; são desprovidas de sonhos. Temos que passar pela vida com a visão de que a vida é eterna e que as sementes que plantamos hoje colheremos nos próximos 5, 10, 20, 40 anos e na eternidade.

Não devemos ser ansiosos e viver apavorados com o dia de amanhã. Jesus disse que o dia de amanhã cuidará de si mesmo (Mt 6.34). O sonhador sempre irá colher nos anos futuros o que está semeando hoje. José passou por apertos, injustiças e até prisões, mas seus sonhos foram suficientes para que até seus ossos passassem 400 anos no Egito, atravessassem o deserto com Moisés, por 40 anos, e fossem enterrados na Terra Prometida, com Josué. Isso é que é visão! Ele desfrutou da prosperidade dos seus sonhos em vida, mas nem a morte fez os seus sonhos pararem e semear boas sementes. Esse é o Espírito da Visão de Cristo em nós. Aleluia!

Somos uma geração de sonhadores. Vamos construir uma cultura de sonhos realizados na unção do Espírito.


A FIDELIDADE DO LIBERTADOR

Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escolhido por seus pais durante três meses, porque viram que o menino era formoso; e não temeram o decreto do rei. Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. (Hb 11.23-26)

A fé de Moisés é ainda hoje um desafio para todos nós. Depois de Cristo, Moisés foi o maior libertador da história bíblica, mas desde o seu nascimento ele foi marcado pelos desafios e pelo sobrenatural.

Moisés nasceu com uma sentença de morte sobre si. O Faraó estava com medo o povo de Israel, que era escravo no Egito, e decretou a morte dos recém nascidos. Moisés sobreviveu porque foi achado no Nilo pela própria filha de Faraó. Este início de história já nos leva a pensar quantas pessoas nasceram e ainda nascem, com decretos de morte sobre si, seja por tentativa de aborto, abandonos, enfermidades, etc.

Deus tem mudado e continuará a mudar estas histórias trágicas em histórias de salvação, libertação, cura e prosperidade. Mas para Moisés ser salvo e passar a ser morador do palácio de Faraó e posteriormente, libertador de Israel, alguém teve que crer por ele. Neste caso, o de Moisés, seus pais e sua irmã creram. No seu caso, hoje, você mesmo está sendo chamado a crer para que a sua vida e a vida de muitos venha a mudar, como a de Moisés.

Você será instrumento de Deus para salvar grandes líderes, que ainda não sabem que serão grandes líderes. Você está sendo desafiado a libertar pessoas que serão libertadoras de milhares. Essa é a visão de Deus para a sua vida: ser instrumento do sobrenatural de Deus sobre a sua própria vida e a vida da sua família e do seu povo.


Para ser um libertador de líderes é preciso:


1. RECUSAR A SEDUÇÃO DO PODER E DO DINHEIRO
O Faraó simboliza o poder maligno que oprime e escraviza. A filha do Faraó, num primeiro momento foi usada por Deus para salvar o bebê Moisés, mas e seguida se tornou um sinal espiritual de uma redução escravizadora e idólatra. O Egito é um símbolo de riqueza e opressão. Ao mesmo tempo em que Egito se apresenta como sinal de poder e fonte de prosperidade ele é também lugar de escravidão e de idolatria.

Há pessoas que fazem do seu trabalho um Egito. O trabalho tem que ser bênção: de realização, paz e de prosperidade. Mas a partir do momento em que o trabalho absorve o espírito, ameaçando a paz, a família, a felicidade e a fidelidade a Deus, estará denunciada a presença de uma entidade maligna que chamaremos no reino espiritual como “Filha de Faraó”. Esta é uma entidade que em determinado momento pode até ser uma solução, mas que se você não denunciar e recusar, se tornará um sinal de opressão.


2. É PRECISO SACRIFICAR O CONFORTO PELA SANTIDADE
A Palavra diz que Moisés preferiu ser maltratado com o povo de Deus do que ter uma alegria temporária com o pecado. Estar no conforto do palácio de Faraó pode parecer uma coisa muito agradável, mas devemos compreender que:

Há certos pecados que são odiosos mesmo para quem não tem aliança com Deus. A violência, por exemplo, a desonestidade, o roubo e a corrupção.

Mas reconhecemos que há certos pecados que podem ser bem atraentes a princípio, mas que no seu fim atraem a destruição e a morte. Nesta lista podemos incluir algumas drogas, certas desonestidades, prostituição, ou mesmo a idolatria a coisas ou pessoas.

O verdadeiro libertador de libertadores irá identificar facilmente estes apelos malignos e fazer a escolha certa, ainda que esta escolha traga, no início, algum desconforto. Sabemos que nada nesta vida pode ser alcançado sem algum sacrifício. Um texto bíblico que nos ajuda a lembrar desta verdade é o apelo que o apóstolo Paulo fez aos romanos: Rogo-lhes, pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. (Rm 12.1). Você se lembra das palavras de Jesus ao explicar as condições para que alguém possa segui-lo? Ele mesmo declarou que se alguém não estiver disposto a carregar a sua cruz não poderá andar com Ele! (Lc 14.27).




3. É PRECISO CRER E QUERER A RECOMPENSA
A Bíblia conta que Moisés abriu mão do Egito e preferiu a vergonha momentânea de ser discípulo do Messias porque ele avaliou corretamente que os tesouros do Evangelho são melhores do que os tesouros da escravidão do pecado.

Ninguém abre mão do que tem por nada. É preciso ter uma visão de futuro que seja forte o suficiente para que a pessoa seja motivada a deixar o estado de coisas em que vive e prefira um nível maior de conquista, em termos de realização terrena e espiritualmente eterna. Ser fiel na visão de Deus é manter-se em Sua visão (de Deus) mesmo nas dificuldades e adversidades. É enfrentar situações, até mesmo de vergonha, com uma certeza, e uma fé, inabaláveis. A fidelidade se materializa na sua constância em manter viva a esperança e o amor que serão ministrados a milhares de vidas que receberão Jesus como Salvador, Senhor e Restaurador.


A FIDELIDADE E OS DESAFIOS

Leia Hebreus 11.27-29

A fé e a fidelidade do libertador Moisés conduziram o povo de Israel a superar sua mente de escravo num processo de renovação e mudança. Há pessoas que preferem viver enganadas em sua escravidão; vivem fingindo que está tudo bem; vivem no Egito amassando barro, mas quando falamos em libertação elas rejeitam pelo medo da liberdade, por ter medo do opressor.
Há um principado que os escraviza. Para ser libertos precisamos do Libertador, que é Jesus, mas precisamos nos declarar libertadores de nós mesmos, no poder do Espírito Santo.
Ser livre é, antes de tudo, uma decisão espiritual que possibilitará a mente ser liberta, e, com isso também as atitudes. Há uma batalha intensa e profunda em nós pela libertação. A Bíblia diz que uma decisão do nosso espírito encontrará a oposição da nossa alma (mente, emoções e vontade): “Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis.” (Gl 5:16,17). A fidelidade ao enfrentar os desafios determinará o nível da nossa vitória e libertação.

1 – A fidelidade do libertador identificará o opressor.
Não se pode lutar contra um inimigo desconhecido ou contra um pseudo-inimigo (falso inimigo). Precisamos aguçar o discernimento espiritual para saber contra quem estaremos lutando. Em última instância, todos saberemos que lutamos contra o inimigo (diabo) e a acusador (Satanás). Acusador e inimigo das nossas vidas e da vida que há em nós.
Mas não podemos generalizar em termos de estratégia pois em cada situação o nosso adversário se apresenta com um disfarce diferente. Nós não lutamos contra pessoas mas contra o espírito de engano que opera através delas. A grande questão, entretanto, é medir o nível de consciência e decisão que uma pessoa tem em servir aos propósitos do diabo.
É neste cenário que entra o líder libertador e profeta fiel, ele identifica a estratégia do adversário nas vidas e encoraja o oprimido a enfrenta-lo. Foi a fé de Moisés que o levou a identificar uma ação maligna e escravisadora na sua “família” adotiva, a família de Faraó. Quem é que o adversário está usando para lhe afastar dos caminhos de libertação, fidelidade e vida? No caso de Adão foi a esposa; no caso de José foram seus irmãos (Gn 37:20); no caso de Eli foram os filhos (1Sm 2:22-25); no caso de Abigail foi o marido (1Sm 25:3); no caso de Jônatas foi o seu próprio pai, Saul. (1 Sm 14:45).
Não podemos temer os opressores, ou os seus cavalos, a nossa fidelidade nos tornará invisíveis aos olhos do adversário e invencíveis diante dos desafios e das batalha.

2 – A fidelidade do libertador o faz vencer os desafios no sobrenatural.
Deus decretou que haveria morte aos filhos primogênitos dos opressores. No mundo físico, cada pessoa do povo de Israel deveria adorar o Senhor e celebrar a festa da revelação do sacrifício de Jesus, a Páscoa. A morte dos primogênitos do Egito é a morte da geração que está sob maldição. No Brasil estamos quebrando, pelo sangue do Cordeiro, a maldição que mata mais de 50 mil pessoas por ano, pela violência, a maioria jovens, rapazes de condição humilde, escravos descartáveis do pecado ou vítimas do inimigo.
Só através da restauração das celebrações das festas bíblicas poderemos resgatar a nossa nação. É o sangue de Jesus profetizado e compreendido pela celebração da Páscoa que nos tornará intocáveis diante dos desafios.

3 – A fidelidade do libertador o leva por um caminho exclusivo.
Depois que o povo de Deus de Israel, atravessou o Mar Vermelho, os egípcios que tentavam andar pelo mesmo caminho sem a bênção de Deus morreram afogados. Disse Jesus: “Eu sou o caminho!” Qualquer outro caminho é caminho de morte no sentido de vida eterna. Mas, em termos de estratégia de libertação, há um mover de águas que só serve de rota de libertação para quem está em aliança com Deus.
Quem tentar repetir coisas espirituais sem ter a cobertura e aliança estará trilhando o caminho de morte da religiosidade. Pode até andar um certo trecho, mas as águas turbulentas sufocam os “sonhos” de liberdade dos religiosos que falsamente andam na visão de Deus, que enganam cônjuges, pais e seus líderes e tentam enganar Deus: “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6:7).
Para andar em segurança e proteção temos que andarmos nos desviando de conselhos do ímpio e de opressores (Sl 1:1) e andam na direção do Espírito e no conselho do justo “O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes faz saber o Seu pacto.” (Sl 25:14). “Os projetos se confirmam pelos conselhos; assim, pois, com prudência faze a guerra.” (Pv 20:18). Essa é a fidelidade para vencer os desafios da nossa rota de êxito na unção da prosperidade de Deus!

A FIDELIDADE NO PROPÓSITO

Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias. (Hb 11.30)

O capítulo onze de Hebreus é conhecido como A Galeria dos Heróis da Fé. São citados nominalmente quinze homens e mulheres que mudaram a sua história e a história de milhares e milhões de pessoas, inclusive a nossa. Além de citar os quinze heróis nominalmente, o texto bíblico também cita diversos fatos marcantes na história de Israel. O autor bíblico escreveu no verso 32 que lhe faltava tempo para descrever os feitos de diversos homens de Deus.

Dentre os heróis citados o verso 30 refere-se a Josué e a queda dos muros da cidade de Jericó. Josué foi o líder dos Israelitas a partir da morte de Moisés e liderou o Povo de Deus na conquista da Terra Prometida, atravessando o rio Jordão e conquistando Jericó (a primeira cidade conquistada além do rio). Note um detalhe muito interessante: apesar da função tão estratégica que Josué exerceu, o seu nome não aparece na lista, somente o feito. Pergunto: por que o nome de Josué não aparece na lista dos heróis?

1. Josué foi um discípulo de excelência

Ele e Calebe trouxeram o relatório corajoso de que a terra era boa, tinha gigantes, mas o propósito e a bênção de conquista era maior do que os gigantes a serem derrotados (Nm 14:7-11). Enquanto o nome de Moisés aparece duas vezes explicitamente e cinco vezes implicitamente na lista (Hb 11:23-29), o de Josué não é mencionado por uma simples razão. Sem dúvida, o Espírito Santo nos desafia a olhar para o propósito mais do que para as pessoas que serão usadas para este propósito.

Somos discípulos de Jesus Cristo nos satisfazemos quando o Nome dEle é exaltado e glorificado através de algo que realizamos (Ap 4:11; 5:13).

Quando somos discípulos de excelência não estamos preocupados se o nosso nome vai aparecer, se é o de Moisés, ou se Jefté (que fez menos do que Josué e aparece em Hb 11:32!). Quando somos discípulos de excelência sabemos que o propósito de conquista da terra é maior que a nossa “vaidade” pessoal de ter o nosso nome em destaque.

2. Josué tinha a obediência e a identidade de Jesus

Quando Deus chamou Josué (Js 1:1-9), Ele o desafiou por três vezes a que se esforçasse: esforça-te e tem mui bom ânimo! Ninguém conquistará nada sem esforço. Isto é um princípio espiritual estabelecido pelo próprio Deus. Josué teve que ser um discípulo obediente e seguir cada palavra de Deus na estratégia de conquista. Assim como Jesus que foi obediente até a cruz, Josué demonstrou sua obediência a Deus. Na narrativa do livro de Josué encontramos que o Senhor pediu algumas atitudes a Josué que exigiram fé e disposição para obedecer, mesmo sem entender: tirar doze pedras do Jordão; levar as doze pedras a Gilgal; rodear os muros de Jericó por sete dias; tocar shofares após a sétima volta no sétimo dia, etc.

Por que o propósito da conquista foi executado por Josué? Porque ele foi um discípulo de excelência, uma pessoa valente e esforçada, obediente à Palavra de Deus e de Moisés, seu líder.

3. O nome de Josué estava na Visão de Deus para o mundo

Por que o nome de Josué não precisa aparecer? Porque o nome de Josué é o que mais aparece na história da Salvação. O nome de Josué é o nome de Jesus. O nome Josué é um nome hebraico e significa O Senhor é Salvação. Jesus é a versão grega do Josué hebraico. A raiz dos dois, Jesus e Josué, é a mesma: Jehoshua, ou Iehosua, ou Jeshua.

Quando nós, homens e mulheres convocados por Deus para conquistar a terra prometida temos o nome de Jesus em nós, não precisamos que o nosso nome apareça pois o Nome dEle sendo elevado e glorificado, nos eleva e nos glorifica. Você, quando está em Cristo, tem autoridade para assinar como Jesus! Você pode usar o nome do maior conquistador da história: Jesus. Esse Nome tem poder! Quando você tem esta aliança com Jesus o que faz fala mais alto do que o seu próprio nome.

Pois através de sua vida, discípulo de excelência, o Nome de Jesus será mais e mais glorificado.



A FIDELIDADE E A RESTAURAÇÃO
Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os desobedientes tendo acolhido em paz os espias. (Hebreus 11.31)

Na galeria dos heróis da fé, no capítulo onze da carta aos Hebreus, aparecem os nomes de duas mulheres, Sara e Raabe. A primeira, Sara, é muito conhecida. Esposa de Abraão, e participante da promessa, é conhecida como a mãe das nações. O apóstolo Pedro escreveu que Sara é a mãe de todas as mulheres da nova aliança com Jesus (I Pe 3.6).

Falar de Sara é fácil, pois ela era esposa de um homem nobre e próspero, Abraão. Ela é a gênese da multiplicação e de frutificação espiritual do povo de Israel, e seu nome tem uma linha de nobreza reconhecida pelo próprio Deus. Sara significa princesa. Aliás, foi o próprio Deus quem lhe deu este nome, pois ela se chamava Sarai, que significa O Senhor é Príncipe.

Essa é uma grande revelação para todos nós, homens e mulheres: Deus deseja transferir sua majestade para nós. Ele quer impregnar Sua identidade em nosso nome e mudar nossa história. Apesar de Sarai exaltar o Senhor, ela era estéril. Mas ao se tornar uma Princesa, ela passou a ser “mãe de nações”. Assim, nós também podemos até exaltar o nome de Deus com cânticos, louvores, orações e ofertas. Mas o que Deus mais quer é acabar com a esterilidade das pessoas e mudar a sua identidade e história.

Poderíamos então perguntar: Deus só muda a nossa identidade quando muda, literalmente, o nosso nome?

Vamos então analisar a segunda mulher que aparece na Galeria dos Heróis da Fé, Raabe. Seu nome não foi mudado, mas sua história foi. Raabe foi uma mulher estratégica. Ela simplesmente possibilitou que o povo de Israel tomasse a cidade base para a conquista da Terra Prometida.

Antes de conquistar Jericó, Josué mandou dois espias para fazer um levantamento do território a ser conquistado. Ao chegarem na cidade procuraram um lugar alto e estratégico de onde pudessem avistar toda a cidade e detalhar os planos de ataque. O lugar mais indicado para esta missão, por incrível que pareça, era justamente a casa da prostituta Raabe, pois ela vivia sobre os muros da cidade.

Acontece que o rei de Jericó soube da presença dos espias e mandou seus soldados os prenderem. Raabe os tirou de sua casa e disse aos mensageiros do rei que eles já tinham saído e não lhes disse onde estavam. Quando os soldados foram embora, Raabe ajudou os espias a fugir mas antes fez uma aliança com eles: “o Senhor vosso Deus é Deus em cima no céu e embaixo na terra” e intercedeu para que antes do ataque que derrubaria as muralhas eles se lembrassem dela e da sua família (Js 2:1-24).

Raabe tivera uma vida distante dos caminhos do Senhor Deus de Israel, mas creu e confessou. Ela acreditou no projeto de conquista de Josué. Ela decidiu sair de uma vida de prostituição e derrota e entrar numa nova vida de visão de conquista. Mas não foi só crer e confessar. Ela fez uma aliança de obediência e como ato profético, os espias de Israel disseram: “Eis que, quando nós entrarmos na terra, atarás este cordão de fio de escarlata à janela pela qual nos fizeste descer; e recolherás em casa contigo teu pai, tua mãe, teus irmãos e toda a família de teu pai” (Js 2.18).

No sentido natural, a fita vermelha era um sinal de identificação do local, mas no sentido espiritual era o sinal do Sangue do Cordeiro da Aliança, semelhante ao sinal da Páscoa no Egito (Ex 12.22). Raabe não era lenta na sua ação. Os espias disseram “quando nós entrarmos na terra” tu farás assim e assim. Josué 2:21 diz: “Então os despediu, e eles se foram; e ela atou o cordão de escarlata à janela”. Ela tinha muito tempo para fazer, pois o dia da conquista demoraria, mas ela agiu imediatamente. E foi justamente essa ação de fé que a fez vitoriosa. Ela não adiou as coisas, ela creu e agiu. Tiago também cita esta mulher, dizendo: “a meretriz Raabe também foi justificada pelas obras” (Tg 2.25).

Vale lembrar que essa ex-prostituta veio a ser a tataravó do rei Davi, sendo assim ascendente do próprio Jesus (Mt 1:5,6,16).

Mas como uma pessoa que era idólatra e prostituída social ou espiritualmente pode ser tão impactante na história do povo de Deu, hoje, em nossos dias? O que fazer?

1. Arrepender-se e reconhecer Deus como Senhor;
2. Obedecer as orientações da Palavra e dos líderes;
3. Crer que o sangue de Jesus pode nos santificar;
4. Agir na obediência e na fé imediatamente.

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